9 de abr. de 2010

COMO ANDA SUA COMPETÊNCIA?

“Você toma CHA¿”

Antes que todos me escrevam perguntando que tipo de pergunta é essa eu vou me explicar. Esta coluna será destinada a falar um pouco sobre algo que está em alta no meio empresarial e tem sido amplamente discutido nos últimos anos. Estou falando de Gestão por Competências. Entretanto, para discutirmos sobre esse tema, precisamos expor alguns conceitos sobre gestão e competências separadamente.

Minha pergunta está direcionada à definição de competência enquanto característica individual. Digo isso porque, as competências de um colaborador de qualquer empresa está alicerçada em Conhecimentos, Habilidades, e Atitudes (CHA). Aprofundando este conceito, temos que um indivíduo reúne competências quando detém o conhecimento teórico sobre determinado tema, pondo em prática tais conhecimentos sem esquecer de suas atitudes dentro de um comportamento equilibrado na equipe em que está inserido.

A Gestão, propriamente dita, corresponde às habilidades de reunir, alocar e gerir recursos para uma organização. Indo além, pode-se definir a gestão como o processo de tomada de ações para o alcance de metas, visando a otimização do desempenho organizacional. Esta é uma ciência baseada no estudo dos empreendimentos humanos que visa alcançar maior eficiência e eficácia.

Agora, podemos definir a Gestão por Competências como o processo de tomada de decisões que visam maior eficiência e eficácia com foco no indivíduo. Em outras palavras, é a estratégia administrativa que prioriza o homem ao invés da máquina.

Não é à toa que este tema tem sido tão explorado nos últimos anos. Ao falar de competências abrimos espaço para diversas discussões, das quais muitas são de cunho particular e individual.

No XI Fórum Internacional de Administração, realizado em outubro de 2009 em Fortaleza/CE, ficou muito clara a idéia de que a Gestão por Competências está tendendo para a individualidade sem esquecer da coletividade. Pode parecer um tanto sem nexo, mas a grande questão desta colocação está na necessidade do aprimoramento dos “cérebreos-de-obra”.

O mundo caminha para uma dinâmica de mercado cada vez mais intensa e, obviamente, as pessoas precisam se atualizar e aperfeiçoar suas competências muito mais rápido. Entretanto, ao passo que todos precisam se reciclar e criar condições para competir de maneira mais eficaz e eficiente no mercado, o trabalho em equipe nunca foi tão importante quanto na atualidade e, em minha humilde opinião, esta é uma tendência que não pode ser mudada. Portanto, o mesmo mercado que tem incentivado cada vez mais o aprimoramento individual nunca se lembrou tanto do trabalho em equipes.

Provavelmente é por isso que as competências nunca tenham sido tão exploradas quanto na era em que vivemos, afinal, a dinâmica feroz do mundo globalizado em que vivemos nos impõe um ritmo tão acelerado que, muitas vezes, antes de terminarmos uma reciclagem já sentimos a necessidade de outra.

Hoje, penso que a grande pergunta a ser feita não é o quanto nossas competências estão crescendo. A maior questão que vivemos é o quão rápido nossas competências acompanham o mercado a ponto de nos manterem em nossos empregos.

Afinal, não queremos que nossas vagas sejam abertas à ampla concorrência!

Por Wanderson Daflon Vieira Junior,

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