4 de mai. de 2009

QUEM QUER DECRESCER?!

Primeiramente, boa noite a todos!!!

Como estive falando a alguns dias atrás sobre a questão dos profissionais que não trabalham naquilo em que são formados, dentro do contexto da Região Serrana do Rio de Janeiro, faço questão de voltar a este assunto com um testemunho muito particular.

Aliás, antes de iniciar este relato, devo dizer que este fato, de acordo com o que tenho visto, vem ocorrendo com muitos profissionais, independente de estado, cidade e país.

Certo profissional de Nova Friburgo, ao ver que não conseguia um emprego de acordo com sua qualificação, que incluía uma faculdade de Administração, uma pós-graduação, uma segunda faculdade em curso e um mestrado a ser iniciado, decidiu procurar em outras regiões.

Após enviar seu currículo para quase todos os estados brasileiros, aguardando ser chamado, decidiu por ministrar aulas livres e seminários sobre temas administrativos. Entretanto, devido à sua pouca idade, não era chamado com freqüência.

Ao achar que não seria chamado tão cedo para trabalhar, um conhecido bateu à sua porta e em uma conversa informal disse que precisava de alguém de confiança para assumir um cargo na empresa. Entretanto, por se tratar de uma empresa muito pequena do ramo têxtil, não seria possível o comprometimento com um salário ao nível de especialização de nosso profissional aqui relatado.

... O que aconteceu?!

A oferta foi aceita de imediato!!!

Neste contexto, o que foi analisado foi a oportunidade de, mesmo ganhando muito menos, ao fazermos uma carreira decrescente, pode-se chegar à oportunidade de trabalhar em algo realmente satisfatório.

Além disso, uma empresa pequena hoje pode ser um gigante do ramo amanhã, e sabendo que a Região Serrana do Rio de Janeiro abriga o maior pólo de moda íntima do país, acho que esta seria uma boa aposta.

Enfim, posso dizer que não vejo isto acontecendo apenas no caso aqui escrito. Isto vem ocorrendo cada vez mais, visto que vivemos em tempos de competitividade acirrada e, para nos mantermos no mercado de trabalho, precisamos, muitas vezes, trabalhar em algo que nos satisfaça.

Vale aqui, antes de finalizar estas palavras, dizer que, uma carreira decrescente não é algo que abrigue uma decisão tão fácil. É preciso abrir mão de certo orgulho para, mesmo trabalhando em funções que nos satisfaçam, ganhar menos que o padrão salarial ao qual estamos acostumados.

Mesmo assim, esta não é uma decisão impossível. E digo isso com muita propriedade, pois esta pequena história que contei aos meus leitores é verídica e, quanto ao profissional que passou por isso, é este que aqui vos escreve!

Desejo a todos muito sucesso e, conseqüentemente, muito $uce$$o! E não tenham medo de encarar uma carreira decrescente... Digo isso porque eu o fiz e não estou arrependido!!!

Nos vemos na próxima semana... Abraços a todos!!!

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